A Polícia Federal (PF) aprofundou as investigações sobre o suposto desvio de recursos públicos destinados à compra de respiradores pulmonare...
A Polícia Federal (PF) aprofundou as investigações sobre o suposto desvio de recursos públicos destinados à compra de respiradores pulmonares durante a pandemia de COVID-19. De acordo com a apuração, parte dos R$ 48,7 milhões pagos antecipadamente pelo Consórcio Nordeste à empresa Hempcare em 2020 foi desviada para aquisição de bens pessoais, incluindo veículos de luxo.
💰 O Esquema de Desvio
O Consórcio Nordeste, formado pelos governadores da região, pagou adiantado à Hempcare para a aquisição de 300 respiradores, que nunca chegaram a ser entregues. A PF descobriu que os valores foram pulverizados em contas de pessoas físicas e jurídicas sem qualquer relação com a entrega dos equipamentos. Entre os gastos identificados estão:
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Compra de veículos de alto padrão, como um SUV Volkswagen Touareg, um caminhão Mercedes-Benz e um Mitsubishi ASX.
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Pagamento de faturas de cartão de crédito.
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Quitação de mensalidades escolares e outras despesas pessoais.
🚗 Luxo Com Dinheiro da Pandemia
Segundo a PF, a movimentação financeira irregular começou logo após o recebimento do montante milionário pela Hempcare. Em vez de utilizar os recursos para a compra e entrega dos respiradores, os responsáveis realizaram saques em espécie, transferências para terceiros e aquisições de bens de luxo.
👤 Envolvimento Político: Rui Costa
O ex-governador da Bahia, Rui Costa (atualmente ministro da Casa Civil do governo Lula), foi citado nas investigações por ter atuado como presidente do Consórcio Nordeste na época da contratação da Hempcare. Embora não haja, até o momento, acusações formais contra Rui Costa, seu nome aparece nos documentos da operação como autoridade que participou da assinatura e coordenação dos contratos.
A atuação do Consórcio, e consequentemente de seus gestores, está sob escrutínio da PF para apurar eventuais responsabilidades administrativas e políticas no caso.
🕵️♂️ Próximos Passos da Investigação
A PF continua rastreando o destino dos recursos públicos e busca esclarecer se houve dolo por parte de agentes políticos ou se o prejuízo ao erário público foi resultado apenas da má-fé da empresa contratada. A operação visa, ainda, recuperar o montante desviado e responsabilizar criminalmente todos os envolvidos.
📌 Nota: Rui Costa, por meio de sua assessoria, negou qualquer envolvimento irregular e afirmou que todas as ações do Consórcio Nordeste seguiram as normas legais vigentes na época.
Fontes: UOL Notícias, Valor Econômico, Brasil de Fato.